País
Marcelo confiante que negociações com professores “cheguem a bom porto”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou ontem que a crise na educação, devido aos protestos dos professores, poderá entrar na “fase das negociações chegarem a bom porto”.
“Podemos estar a entrar numa fase que eu muito desejo, que é a fase das negociações chegarem a bom porto. Isso era muito importante, para todos”, disse.
O chefe de Estado falava à chegada à Madeira, onde participou, este sábado, no encerramento do Congresso dos Juízes Portugueses.
“Nós estamos a caminho da Páscoa, nós temos de pensar nos alunos, nos pais, obviamente também nos professores e outros agentes do sistema educativo, mas já passou uma parte considerável do ano letivo”, alertou, vincando que tudo o que seja “abreviar, facilitar, acelerar a resolução deste compasso de espera” é fundamental para todos.
As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa surgem depois de o ministro da Educação ter defendido que o novo regime de gestão e recrutamento de professores representa uma “reforma estrutural” que melhorará as condições de trabalho dos docentes, combatendo também a precariedade.

País
Venda de carros novos com motor de combustão proibida a partir de 2035

O Conselho da União Europeia (UE) decidiu hoje proibir, a partir de 2035, a venda de automóveis ligeiros novos com motor a combustão, sendo só permitidos os de emissões zero de dióxido de carbono (CO2).
Os ministros do Ambiente da UE, reunidos em conselho, em Bruxelas, acordaram ainda que, entre 2030 e 2034, as emissões de CO2 por carros novos deve ser reduzida em 55%, comparado com níveis de 2021.
O texto aprovado prevê ainda, segundo um comunicado, “um mecanismo de incentivo regulamentar para veículos com emissões zero e baixas, que estará em vigor a partir de 2025 até ao final de 2029”.
Como parte deste mecanismo, integrado no pacote ‘Fit for 55’ (Objetivo 55), se um fabricante cumprir determinados padrões de referência para as vendas de veículos com emissões zero e baixas, poderá ser recompensado com objetivos menos rigorosos de emissões de CO2, sendo o valor de referência fixado em 25% para automóveis e 17% para furgonetas.
O documento aborda ainda o tema dos combustíveis ecológicos, prevendo que a Comissão Europeia apresente uma “proposta de registo de veículos que funcionem exclusivamente com combustíveis neutros em termos de CO2, após 2035, em conformidade com a legislação da UE, fora do âmbito das normas da frota, e em conformidade com o objetivo de neutralidade climática da UE”.
O pacote Objetivo 55 é um conjunto de propostas destinadas a rever e atualizar a legislação da UE e a criar novas iniciativas com o objetivo de assegurar que as políticas da UE estejam em consonância com os objetivos climáticos acordados pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu.
País
Homem afegão mata duas pessoas à facada no centro Ismaili em Lisboa e acaba baleado numa perna pela GNR

Um homem de nacionalidade afegã matou duas pessoas com uma faca no centro Centro Ismaili, em Lisboa, avança a CNN.
O autor do crime acabou por ser detido pela GNR, depois de ter sido baleado por estes numa das pernas, acabando por ser transportado para o Hospital de São José, em Lisboa.
País
Redução do IVA para 0% vai custar 600 milhões de euros

A aplicação de uma taxa de 0% de IVA num cabaz de produtos alimentares essenciais e o reforço dos apoios à produção vão custar cerca de 600 milhões de euros.
O valor foi avançado hoje pelo primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa, na cerimónia de assinatura do pacto para a estabilização e redução de preços dos bens alimentares entre o Governo, a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
“No conjunto destas medidas, entre apoio à produção e perda de receita fiscal fruto do IVA zero, este programa tem um custo total de cerca de 600 milhões de euros”, disse o primeiro-ministro, assinalando ser um “esforço obviamente muito grande para um programa que tem um horizonte de seis meses”.
O primeiro-ministro salientou ainda a necessidade de ao longo destes seis meses se ir acompanhando a situação, destacando que o compromisso hoje assinado garante da parte do retalho alimentar que a descida do IVA se repercute no preço de venda aos consumidores e a importância do reforço dos apoios à produção onde os custos com fertilizantes, rações e energia têm aumentado.
País
Portugueses manifestam-se pelo direito à habitação de Norte a Sul a 01 de abril

As manifestações pelo direito à habitação marcadas para dia 01 de abril vão acontecer em seis cidades – Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Porto e Viseu – juntando uma centena de associações e coletivos, segundo a organização.
Direito à habitação, direito à cidade e fim da exploração e do aumento do custo de vida são as três principais reivindicações dos manifestantes para garantir a meta de “casa digna para todas as pessoas”.
Integrada numa ação europeia pelo direito à habitação (Housing Action Days 2023/ Dias de Ação pela Habitação 2023), coordenada pela European Action Coalition for the Right to Housing and the City, a manifestação “Casa Para Viver” agrega perto de cem associações subscritoras, algumas dedicadas especificamente à questão da habitação, como a Associação de Inquilinos Lisbonenses, a Habita! ou a Stop Despejos, mas também cívicas, ecologistas e ambientais, feministas e de pessoas LGBTQIA+ (minorias sexuais e de género), antirracistas e de migrantes, anticapitalistas e por direitos laborais (incluindo o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social e os Precários Inflexíveis), e muitos outros coletivos locais, comunitários, de moradores.
No manifesto, publicado na internet (https://www.casaparaviver.pt/), denunciam “a loucura das rendas e a falta de acesso à habitação” e prometem “lutar até que toda a gente tenha Casa Para Viver”.
As medidas anunciadas pelo Governo (que serão aprovadas na totalidade em Conselho de Ministros agendado para quinta-feira) não convencem os subscritores do manifesto, que, em comunicado divulgado hoje, as consideram “um cavalo de Troia, no meio do qual estão medidas como a facilitação dos despejos e o aumento dos benefícios fiscais que fortalecem a especulação imobiliária”.
Assumindo-se diversos (mulheres, jovens, idosos, populações migrantes, comunidades vulneráveis ao racismo e à discriminação), prometem combater o mesmo problema: a crise na habitação.
“Somos pessoas que habitamos os bairros e muitas vezes temos de escolher entre pagar a renda ou pôr comida na mesa”, resumem.
“Não conseguimos pagar as nossas rendas ou suportar os nossos empréstimos bancários”, declaram, contestando “os despejos e as expulsões” das comunidades, “ao mesmo tempo que florescem os negócios em torno do turismo, do alojamento local e da especulação”.
Por isso, questionam “quem pode morar nas cidades portuguesas, hoje?”, recordando que as rendas em Portugal aumentaram 40% nos últimos cinco anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística publicados em setembro, enquanto os preços das casas subiram quase 19% desde o ano passado, de acordo com dados da Confidencial Imobiliário.
“Ao mesmo tempo que existem 730 mil casas vazias no país, há dois milhões de pessoas em situação de pobreza e mais de 50% da população em risco de miséria”, denunciam.
Sublinhando que “não é o aumento da oferta privada e da construção (…) que vai baixar os preços”, reclamam mais habitação pública, social e cooperativa “de qualidade”, o controlo do mercado imobiliário e a descida das rendas, a descida e o congelamento de juros e lucros dos bancos, o fim “real” dos vistos ‘gold’, do estatuto de residente não habitual, dos incentivos para nómadas digitais e das isenções fiscais para o imobiliário de luxo e para empresas e fundos de investimento, a suspensão dos despejos e das demolições.
O problema, dizem, é que se tem tratado “a habitação como um negócio e não como um direito básico”.
As manifestações, agendadas para as 15:00 de 01 de abril, vão decorrer em Aveiro (Praça Melo Freitas), Braga (Coreto da Avenida Central), Coimbra (Praça 8 de Maio), Lisboa (Alameda), Porto (Batalha) e Viseu (Praça da República).
Economia
Preço do leite aumentou 120% em apenas um ano e meio

O preço do leite tem vindo a aumentar consecutivamente e mais do que duplicou em um ano e meio, sendo Portugal um dos cinco países na UE 27 onde os preços ainda não baixaram.
De acordo com o Jornal de Notícias, as marcas próprias estão agora a ser vendidas a 86 cêntimos e as restantes acima dos 90 cêntimos por litro.
No final do ano passado, houve uma queda de 4% na produção de leite e quase 200 produtores a menos. Este ano, a queda continua e, em fevereiro, houve menos 300 produtores (menos 8%) e menos cinco milhões de litros de leite entregues (menos 2%), em comparação com o mesmo período do ano passado.
País
Professores iniciam greve ao último tempo de aulas esta quarta-feira

A greve de professores ao último tempo de aulas, inicialmente marcada para começar hoje, só começa afinal na quarta-feira, após o Governo ter exigido que o pré-aviso fosse entregue com 10 dias de antecedência e não cinco dias úteis.
A greve, convocada pela plataforma de nove organizações sindicais contra o novo regime de recrutamento e pela recuperação de todo o tempo de serviço, estava inicialmente prevista para começar hoje, mas os sindicatos tiveram de adiar a paralisação por dois dias “pois o Ministério da Educação, na sua sanha antidemocrática de atentar contra o direito à greve, considerou ilegais os dois primeiros dias”, 27 e 28.
O executivo alegou que a greve teria de ter sido “convocada com, pelo menos, 10 dias de antecedência, permitindo o eventual pedido de serviços mínimos”, explicou a plataforma em comunicado.
Além da greve ao último tempo letivo de cada docente, arrancam também na quarta-feira greves ao serviço extraordinário, ao sobretrabalho e à componente não letiva, sem impacto nas aulas dos alunos.
A plataforma decidiu apresentar queixa junto da Procuradoria-Geral da República pelo que consideram ser uma “manifestação de abuso de poder”, uma vez que entendem não existir qualquer ilegalidade, uma vez que a greve “não incide sobre atividades que a lei identifica como passíveis de ter serviços mínimos”.
No próximo mês repetem-se as greves por distritos, que começam a 17 de abril e terminam a 12 de maio, estando ainda previstas uma greve nacional e manifestação em 06 de junho e uma greve às avaliações de final de ano.
O Governo aprovou o novo regime de gestão e recrutamento de professores, que tinha estado a ser negociado entre o Ministério da Educação e os sindicatos do setor durante mais de cinco meses, sem que se chegasse a um acordo.
No diploma, permaneceram medidas que os representantes dos docentes tinham classificado como “linhas vermelhas”, designadamente a possibilidade de professores com horário incompleto darem aulas em duas escolas e a criação de conselhos de zona pedagógica, constituídos por diretores escolares, para fazer a gestão dos horários.
A principal reivindicação é, no entanto, a recuperação de todo o tempo de serviço que esteve congelado (seis anos, seis meses e 23 dias) de que as organizações sindicais dizem não abdicar.
Sobre esse tema, o Governo apresentou na semana passada algumas propostas com o objetivo de corrigir assimetrias decorrentes do período de congelamento, com efeitos na progressão na carreira dos docentes mais afetados, mas que também mereceram nota negativa.
Além da recuperação do tempo de serviço, exigem a eliminação das quotas na avaliação e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões da carreira docente, a alteração do regime de Mobilidade por Doença, a redução da burocracia nas escolas, um regime especial de aposentação e a regularização dos horários de trabalho.
Atualmente, está a decorrer uma outra paralisação, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, que se prolonga desde dezembro.
Economia
Conheça a lista de alimentos com 0% de IVA

De acordo com a informação fornecida, o governo português está em negociações com a distribuição e a produção para a estabilização de preços dos bens alimentares considerados essenciais para a alimentação das famílias. A lista desses bens inclui 46 produtos, entre os quais se encontram diversos tipos de peixe (como a cavala e a faneca), bacalhau, feijão frade, grão de bico, carne de peru e de vaca, ovos de galinha, peras e tangerinas, bem como óleos vegetais e margarinas, divulgou o DN.
Essa medida pode tem como objetivo garantir o acesso a alimentos básicos a preços razoáveis, especialmente em tempos de crise econômica, garantindo assim a segurança alimentar da população. É importante ressaltar que a estabilização de preços pode ajudar a proteger os produtores locais, mas também pode envolver desafios para a indústria alimentar e de distribuição, que precisam ser gerenciados cuidadosamente para evitar impactos negativos nos consumidores.
LISTA:
- Peixes (cavala, faneca, bacalhau, salmão e pescada)
- Feijão frade
- Grão de bico
- Vários legumes (brócolos e curgetes)
- Carne de peru
- Carne de vaca
- Carne de porco
- Ovos de galinhas
- Fruta (inclui maçã, banana, laranja, pera e tangerina)
- Óleos vegetais
- Azeite
- Margarinas
- Batata
- Massa
- Arroz
- Cenouras
- Cebolas
- Tomate
- Leite de vaca
- Frango
- Pão
- Iogurte
- Queijo
País
Gasolina sobe e gasóleo desce ligeiramente a partir desta segunda-feira

A semana arranca com nova mexida nos preços dos combustíveis. A partir de amanhã, segunda-feira, preço da gasolina vai subir e o do gasóleo deve sofrer uma ligeira descida.
A gasolina vai aumentar perto de 2 cêntimos por litro. O gasóleo deve registar uma descida de meio cêntimo.
Assim, os preços mais baixos deverão ser de 1 euro e 47 cêntimos por litro de gasóleo simples. E 1 euro e 67 cêntimos pela gasolina simples 95.
Desporto
Miguel Oliveira desiste após ser abalroado por Marc Márquez

O piloto português Miguel Oliveira desistiu do Grande Prémio de Portugal, logo no início da terceira volta, depois de ter sido abalroado por Marc Márquez, quando seguia na segunda posição.
Miguel Oliveira foi transportado ao centro médico do Autódromo Internacional do Algarve para ser observado.
O português tinha partido da quarta posição e teve um arranque fenomenal, mas à rvolta , o espanhol Marc Màrquez arriscou a ultrapassagem a Jorge Martín, deu um toque no compatriota e acabou por acertar em cheio na moto do português.
Foto: MotoGP
Desporto
Português Ricardo Batista conquista medalha de bronze na Taça do Mundo de triatlo

O português Ricardo Batista conquistou hoje a medalha de bronze na segunda etapa da Taça do Mundo de triatlo, em New Plymouth, na Nova Zelândia, terminando a 36 segundos do vencedor, o neozelandês Hayden Wilde.
Batista concluiu a segunda de seis etapas do World Triathlon Championship Series em 56.32 minutos, o mesmo tempo registado pelo segundo colocado, o também neozelandês Tayler Reid, enquanto o vencedor registou 55.57.
O triatleta luso, que tinha sido 33.º na primeira etapa, em Abu Dhabi, em 03 de março, cumpriu os 750 metros da prova de natação em 09.01 minutos, antes de cronometrar 31.27 nos 20 quilómetros de ciclismo e 15.03 nos cinco quilómetros de corrida.
“Acho que foi uma prova bem conseguida. Saí em segundo da água, sentindo-me bastante bem, controlei o segmento de natação. Geri bem o segmento do ciclismo e, quando começámos a correr, o atleta neozelandês fugiu logo. Conseguir ir para casa com um terceiro lugar, é muito bom nesta fase, já que angario pontos significativos para a qualificação olímpica”, disse, em declarações à assessoria de imprensa da Federação de Triatlo de Portugal.
Na prova feminina, a portuguesa Maria Tomé acabou na sexta posição, em 01:03.35 horas, sendo que o triunfo foi alcançado também por uma neozelandesa Nicole van der Kaay (01:02.57), à frente da compatriota Ainsley Thorpe (01:03.06), segunda, e da norueguesa Solveig Lovseth (01:03.14), terceira.