País
Mais de 620 mortos nas estradas portuguesas em 2019

Mais de 620 pessoas morreram nas estradas portuguesas nos 35.704 acidentes com vítimas registados no ano passado, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que aponta para um aumento dos desastres com vítimas, mas uma redução dos óbitos.
Segundo o relatório de 2019 hoje divulgado pela ANSR, os dados indicam que no ano passado 626 pessoas morreram nos acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, que provocaram 2.168 feridos graves e 43.183 feridos ligeiros (indicadores a 30 dias).
Comparando com 2018, “o número de acidentes com vítimas aumentou 4% (mais 1.469)”, tendo diminuído “em 9% o número de vítimas mortais (menos 49)”, refere a ANSR.
Apesar da descida do número de vítimas mortais, os feridos graves subiram 9%, o equivalente a 173 pessoas, e os feridos ligeiros aumentaram 4% (mais 1.848).
Em resultado da redução no número de vítimas mortais, o índice de gravidade diminuiu de dois mortos por cada 100 acidentes com vítimas em 2018 para 1,8 em 2019.
“Verifica-se uma redução progressiva do Indicador de Gravidade (IG) em função do aumento do número médio de anos de carta dos condutores envolvidos, ou seja, quanto maior o número de anos de carta menor o IG dos acidentes em que estão envolvidos”, escreve a ANSR.
Os dados hoje conhecidos indicam ainda que as taxas de reprovação nas inspeções periódicas obrigatórias, bem como nas reinspeções, “têm vindo a descer em todas as categorias”, uma tendência contrária à que se verifica noutros países europeus, como por exemplo a Alemanha, a Suécia ou o Reino Unido.
“Entre 1995 e 2019, os investimentos em infraestruturas e em veículos mais seguros, juntamente com uma política integrada de segurança rodoviária, foram decisivos para salvar 26 mil vidas e evitaram 187 mil feridos graves, que, em termos de custos económicos e sociais da sinistralidade rodoviária, representam mais de 4,5 vezes o valor investido em infraestruturas rodoviárias mais seguras”, considera a ANSR.
Os dados indicam ainda que entre 2000 e 2018 Portugal reduziu 58% o número de vítimas mortais por milhão de habitantes, posicionando-se em 11.º lugar na lista dos países que mais reduziram o número de vítimas mortais, embora quatro pontos percentuais acima da média da UE28 (-26%).
“Estima-se que o custo económico e social dos acidentes com vítimas em 2019 seja na ordem dos 3.714 milhões de euros, o que equivale a praticamente 1,6% do PIB [Produto Interno Bruto] nacional”, indica a Autoridade de Segurança Rodoviária.
Segundo o relatório, em 2019 foram fiscalizados 89,6 milhões de veículos (mais 4% do que em 2018) e registaram-se 1,4 milhões de infrações (mais 18%).
Comparativamente a 2018, verificou-se um aumento absoluto de cerca de 18% no total de infrações, sendo que o rácio de infrações por veículo fiscalizado aumentou 0,19 pontos percentuais, passando de 1,39% para 1,58%.
Em 2019, 157.496 condutores foram sancionados com subtração de pontos na carta de condução, um número cerca de 3,3 vezes superior ao de 2018, que foi de 47.690 condutores.
A ANSR considera “necessário reforçar o compromisso da sociedade com a segurança rodoviária”, recorda que o combate à sinistralidade rodoviária “é uma responsabilidade de todos e exige um esforço partilhado”.
“É também uma responsabilidade de todos nós como cidadãos através do nosso comportamento. Só assim se conseguirá uma diminuição sustentada e consistente da sinistralidade rodoviária e se obterão resultados significativos na luta contra as suas consequências”, sublinha.
O Relatório de Segurança Rodoviária hoje divulgado tem uma versão mais detalhada que, além de apresentar os resultados consolidados e a 30 dias da sinistralidade rodoviária em Portugal durante o ano de 2019, comparando-os com os resultados da última década, inclui uma análise da sua envolvente – condutor, veículo e infraestrutura.
Inclui também a comparação com a União Europeia, dos custos que a sinistralidade representa para a sociedade e dos principais resultados da fiscalização rodoviária.

Desporto
Nadador Diogo Ribeiro bate recorde nacional dos 50 metros livres e garante participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Diogo Ribeiro estabeleceu, esta quinta-feira, o novo recorde nacional dos 50 metros livres e garantiu a obtenção dos mínimos para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e para o Campeonato Mundial de Natação em Fukuoka. O atleta do Benfica registou o melhor tempo nas eliminatórias, com 21,87 segundos, ultrapassando o anterior recorde português estabelecido por Miguel Nascimento em Oeiras, a 30 de setembro de 2022.
O segundo melhor tempo foi conseguido pelo ucraniano Andrii Govorov, que representa o Vitória SC, com 21,98 segundos, marca que também lhe garante a obtenção dos mínimos para o Mundial.
Miguel Nascimento (Benfica) alcançou o terceiro melhor tempo nas eliminatórias (21,99 segundos), ficando a apenas três centésimos de segundo dos mínimos olímpicos, o que lhe permite garantir a participação no Mundial de Fukuoka.
O quarto melhor registo foi alcançado por Miguel Marques (Benfica), com 22,70 segundos, marca que garante a sua presença no Campeonato Europeu de Juniores.
Estes resultados nas eliminatórias aumentam as expectativas para a final dos 50 metros livres, que se realiza hoje a partir das 17h00.
Na primeira sessão do primeiro dia do evento, Gonçalo Azevedo (CN Maia) bateu o recorde nacional dos 50 metros costas na categoria de juvenis A. O nadador da Maia concluiu a prova em 27,58 segundos, superando o anterior recorde de 27,60 segundos, estabelecido por Rodrigo Rodrigues (SCE) em Coimbra, a 10 de julho de 2022.
Economia
Regime de IVA de 0% nos alimentos vai durar 6 meses

Prevê-se que o pacto relativo à taxa zero de IVA, celebrado entre o Governo, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), esteja em vigor durante seis meses, com campanhas comerciais reforçadas e uma nova comissão que garantirá a redução de preços.
“O presente pacto estará em vigor por um período de seis meses a partir da data da sua assinatura e estará sujeito a uma avaliação intercalar após três meses”, lê-se no documento, ao qual a Lusa teve acesso, assinado pelo primeiro-ministro António Costa e pelos representantes da APED e da CAP.
A distribuição compromete-se, no pacto assinado, a reduzir o preço dos 44 alimentos isentos de IVA listados no anexo do documento, não incluindo o corte fiscal na margem comercial, e a reforçar as campanhas comerciais, “por um período mínimo de seis meses”, nos preços de venda isentos de IVA, com vista a promover essas vendas e, assim, “contribuir para a estabilização” dos preços, dentro dos limites legais.
O pacto assinado prevê também a formação de uma Comissão de Monitorização, com vista a “acompanhar a implementação dos compromissos” do acordo, comprometendo as partes a colaborar entre si na partilha de informação.
No anexo do pacto, a lista de produtos com taxa zero de IVA inclui pão, batatas, massa, arroz.
Nos legumes, cebola, tomate, couve-flor, alface, brócolos, cenoura, curgete, alho-francês, abóbora, grelos, couve portuguesa, espinafre e nabo.
Em frutas, prevê-se taxa zero de IVA para maçãs, bananas, laranjas, peras e melões.
As leguminosas incluem feijão vermelho, feijão-frade, grão-de-bico e ervilhas.
Em produtos lácteos, leite de vaca, iogurte, queijo.
Também existe taxa zero de IVA para porco, frango, peru e carne bovina.
No pescado, bacalhau, sardinhas, pescada, cavala, atum em conserva, dourada e carapau.
Também existe taxa zero de IVA para ovos de galinha e, em gorduras e óleos, azeite, óleos vegetais e manteiga.
A alteração da taxa de IVA para estes 44 alimentos, considerados essenciais para uma alimentação saudável pelas famílias, estará ainda sujeita à aprovação do Conselho de Ministros.
A aplicação da taxa de 0% de IVA a este conjunto de produtos e o reforço do apoio à produção terão um custo de cerca de 600 milhões de euros, anunciou o Primeiro-Ministro, António Costa, em Lisboa, na cerimónia de assinatura do pacto.
País
Papa Francisco está recuperar “tranquilamente” depois de ter sido internado devido a infeção respiratória

O Papa Francisco passou uma noite tranquila no hospital, depois de ter sido internado por uma infeção respiratória, e é esperado que permaneça lá por alguns dias para tratamento, disse uma fonte do Vaticano.
A agência de notícias italiana Ansa relatou que os enfermeiros estavam otimistas de que ele sairia do hospital a tempo do Domingo de Ramos, este fim de semana.
Foi ainda noticiado que os exames realizados descartaram problemas cardíacos e pneumonia.
O pontífice de 86 anos entrou no hospital na quarta-feira.
Num comunicado, o Vaticano disse que o Papa Francisco estava com uma infeção respiratória e precisaria de ficar lá por alguns dias.
O Papa, que tem tido dificuldades respiratórias nos últimos dias, não tem Covid, acrescentou o comunicado.
“O Papa Francisco agradece pelas muitas mensagens recebidas e expressa sua gratidão pela proximidade e orações”, acrescentou o comunicado.
Os seus colaboradores mais próximos, incluindo segurança, passaram a noite no Hospital Gemelli, disse uma fonte com conhecimento direto à BBC.
Esta é a época mais movimentada do ano para o Papa Francisco, com muitos eventos e serviços agendados antes do fim de semana da Páscoa.
Uma missa de Domingo de Ramos está programada para este fim de semana, com as celebrações da Semana Santa e da Páscoa na próxima semana.
Ele também tem visita marcada à Hungria no final de abril.
Na manhã de quarta-feira, presidiu à sua audiência geral semanal na Praça de São Pedro. Ele parecia de bom humor, mas foi visto a fazer uma careta quando foi ajudado a entrar no veículo.
Inicialmente, o Vaticano disse que o Papa tinha ido ao hospital para um exame de rotina, mas a imprensa italiana questionou esta versão depois de uma entrevista televisiva ter sido cancelada com pouco aviso.
Reagindo à notícia, o presidente Joe Biden pediu às pessoas que fizessem “uma oração extra” pela recuperação do Papa.
Biden, que é apenas o segundo católico romano a ser eleito líder dos EUA, também descreveu o pontífice como uma das “figuras mais semelhantes a Cristo que já conheci”.
As pessoas na cidade natal do Papa, Buenos Aires, Argentina, partilharam os seus sentimentos com a agência de notícias Reuters. Um homem, Daniel Saco, disse que o pontífice “deve perguntar-se se pode continuar”.
“É muito triste porque, como latino-americano, sinto-me representado por este Papa, que é muito aberto e humano”, disse Victoria Veira, que é originária do Brasil.
Anibal Pizelle, que conheceu o Papa quando ele era bispo de Buenos Aires, disse estar otimista em relação à recuperação, já que Francisco era “fisicamente e mentalmente forte” e uma “pessoa com uma enorme fé”.
O Papa tem usado uma cadeira de rodas nos últimos meses devido a problemas de mobilidade relacionados com o joelho.
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